A oposição tenta montar maioria na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que vai investigar os ataques de 8 de janeiro, em Brasília.
Uma vez criada no Congresso após a leitura do requerimento de instalação, o próximo passo da CPMI é a indicação dos líderes do grupo de trabalho.
O colegiado deverá ser definido por critério de proporcionalidade, de acordo com o tamanho das bancadas e blocos partidários.
Até o momento, os governistas levam vantagem no Senado, com dois blocos ocupando seis cadeiras cada.
As quatro vagas restantes ficam com outros dois grupos, com maioria de oposição.
Na Câmara, cinco cadeiras vão para o bloco formado por Progressistas, União Brasil, PSDB, PDT, PSB, Solidariedade e Avante.
MDB, PSD, Republicanos e Podemos ficam com quatro vagas; já o PL indica três deputados.
O restante é dividido entre PT, PCdoB e PV, que têm dois deputados, e PSOL e Rede, que têm direito a um; o Novo também tem direito a uma indicação.
Nos cálculos dos líderes partidários, hoje os governistas teriam 21 cadeiras na CPMI, enquanto a oposição ficaria com 11 vagas.
O líder da oposição ao governo Lula no Senado, Rogério Marinho, critica a distribuição das indicações.
Por outro lado, o líder do governo na Casa, Jaques Wagner, rebate as acusações.
A expectativa é que os trabalhos da CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro comecem na semana que vem e durem seis meses.