O prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), falou com exclusividade à Rádio Bandeirantes e à BandNews TV nesta segunda-feira (28), um dia após receber 59,35% dos votos nas urnas e derrotar o candidato Guilherme Boulos (Psol), que obteve 40,65%.
Ao comentar o resultado das eleições, Nunes ironizou e disse que Boulos "perdeu para a abstenção" e ficou em terceiro lugar na disputa – neste segundo turno, a abstenção em São Paulo foi recorde, com mais 2.940.360 eleitores ausentes. O número corresponde a 31,54% do eleitorado na capital paulista. Boulos, por sua vez, recebeu 2.323.901 votos.
Para Nunes, a abstenção recorde na cidade "traz experiência e lição". "Fica um recado importante que a política precisa considerar o eleitor. O eleitor é inteligente e está fazendo a sua avaliação ali."
O prefeito avaliou ainda que a eleição deste ano aconteceu em meio a "muita agressividade e fake news" e que isso não agradou o eleitorado. "A abstenção deixa um bom recado de que o eleitor não quer aceitar esse tipo de comportamento."
Nunes diz que eleição de 2024 foi sua última
Durante a entrevista, Nunes afirmou que a eleição municipal foi a última que disputou. “A gente não sabe o futuro, mas ganhar essa eleição com votação expressiva, eu fazendo esses próximos quatro anos vou estar satisfeito. Eu me sinto satisfeito, realmente é a última eleição e, até por isso, quero fazer um governo muito focado no resultado. Gosto da política, quero ajudar o Tarcísio, mas de eleição é realmente a última.”
Ele comentou que deve anunciar novos nomes de seu secretariado em dezembro e descartou a possibilidade de deixar a prefeitura de São Paulo para disputar o governo do estado em 2026. "Não há possibilidade nenhuma."
Ao comentar, por fim, o cenário para a disputa à Presidência da República, Ricardo Nunes afirmou que, caso Bolsonaro continue inelegível, Tarcísio de Freitas é o "grande nome".