Vladimir Putin anuncia uma série de medidas em resposta à avalanche de sanções econômicas contra a Rússia.
Na lista está a possível nacionalização de empresas estrangeiras que decidam fechar as portas e prejudicar as cadeias de produção do país.
O presidente russo também assinou um novo decreto que restringe a exportação e a importação de matérias-primas até o final do ano.
Putin disse que o país não vai se fechar para ninguém e que seguirá cumprindo os contratos de fornecimento de gás para a Europa.
Já o continente estuda como reduzir a dependência da energia produzida na Rússia; esse foi um dos temas discutidos ontem por líderes da União Europeia.
Reunidos em Versalhes, na França, os 27 países do bloco estudam soluções para cortar em dois terços a importação do gás até o fim do ano.
Na Turquia, uma tentativa de negociação entre os ministros das Relações Exteriores de Rússia e da Ucrânia terminou sem acordo.
Enquanto o representante de Kiev queria negociar um cessar-fogo, Moscou planejava discutir exigências, como a desmilitarização do país vizinho.
Seja qual for o resultado do conflito, o mundo está diante de um novo período na história, muito mais sombrio.
É a opinião do ex-embaixador e ex-ministro Rubens Ricupero, entrevistado na Rádio Bandeirantes.
Ele prevê a volta da "guerra fria", com Rússia e China de um lado e Estados Unidos e o Ocidente de outro.
As consequências dessa nova fase serão sentidas por todos os países, segundo Rubens Ricúpero.
Na avaliação do ex-embaixador e ex-ministro, os ganhos proporcionados pela globalização vão sofrer um "golpe mortal".
Ontem, o Ministério da Defesa russo publicou imagens de helicópteros de combate disparando contra alvos na Ucrânia.
Veículos blindados e bases das forças armadas locais teriam sido destruídos pelas tropas de Moscou.
Já vídeos divulgados pelos militares ucranianos revelaram tanques de guerra do inimigo sendo bombardeados em Brovary, nos arredores de Kiev.
Na cidade portuária de Mariupol, que tem sido alvo diário dos ataques russos, mais de 40 pessoas foram enterradas em uma vala comum.
Uma terceira tentativa de retirada dos moradores da cidade foi frustrada nesta quinta-feira após novos bombardeios.
Segundo as Nações Unidas, mais de dois milhões e 300 mil pessoas deixaram a Ucrânia desde o começo da invasão.