Neto relembra terrorismo em ônibus do Corinthians em 97: "Tive medo de morrer"

Apresentador da Band e ídolo do Timão contou a história ao comentar o atentado contra o Fortaleza

Da redação

Neto, no Os Donos da Bola da Rádio Bandeirantes
Band

Neto relembrou um episódio de violência que viveu como jogador do Corinthians, em 1997, ao falar sobre a punição do STJD ao Sport após os ataques de torcedores ao ônibus do Fortaleza.

No Os Donos da Bola da Rádio Bandeirantes desta terça-feira (12), o apresentador da Band e ídolo do Timão disse que teve medo de morrer depois de ataque sofrido na Rodovia Anchieta, a caminho de um clássico contra o Santos. Ele conta que o veículo só continuou na pista por causa da proteção do guard rail.

“O que eles passaram [jogadores do Fortaleza, em ataque ao ônibus por torcedores do Sport], foi mais ou menos o que eu passei num Corinthians x Santos na Anchieta. Eu nunca tive medo, mas naquele dia eu tive medo de morrer. Eu não tive coragem de falar as coisas que eu poderia falar, até porque eu fiquei deitado e não vi as pessoas. Todos os vidros caíram por cima da gente. O motorista do ônibus, na época, tomou um soco no olho que o olho fechou na hora”, contou Neto.

“Ninguém falou nada sobre isso [à época]. O ônibus só não caiu na Anchieta porque o guard rail não deixou. Mas ninguém falou nada, ninguém foi preso, o Corinthians não fez absolutamente nada, a imprensa não fez, a polícia não fez. Ninguém fez nada. Foi em 1997 isso, ninguém foi preso”, acrescentou.

O Sport foi punido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com oito jogos de portões fechados e multa de R$ 80 mil por causa do atentado de torcedores do clube ao ônibus do Fortaleza. O episódio aconteceu depois do confronto pela Copa do Nordeste e fora das dependências do estádio.

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