A atriz e humorista Nany People foi entrevistada na Rádio Bandeirantes, ao vivo, por Cátia Fonseca e Danilo Gobatto no programa ‘Do Bom e Do Melhor’, neste sábado, 03. Na semana do Dia Internacional do Orgulho LGBT+, a artista falou sobre preconceitos e as dificuldades da carreira.

Nany People contou como foi crescer em uma pequena cidade no sul de Minas Gerais sabendo, desde pequena, que queria viver de arte, uma área tão difícil. “Tudo o que eu quis na minha vida sempre era impossível, não era viável, não era crível, não era permitido. Então eu aprendi desde cedo a driblar o não com o porquê não”.

A humorista também contou que se descobriu transexual na idade adulta. “Eu nem sabia que era esse o nome. Eu fui descobrir que era trans já com 22 anos, morando em São Paulo, quando um amigo meu disse”, contou.  “Ele disse ‘você não é gay, você é trans’. Eu falei ‘O que é isso?’. Ele disse ‘você tem cabeça de mulher no corpo de homem’”.

Apesar de todo o preconceito, a atriz acredita que teve muita sorte ao longo da vida e carreira. “Eu tive uma mãe e uma família que me endossou, que me respeitou, que me amou e me fundamentou pra vida. A minha mãe foi uma mulher que, quanto mais o tempo passa, mais eu vejo o quanto ela era vanguarda”.

Sobre os preconceitos durante a carreira, ela diz que “o que eu consegui acho que com meu jeitinho de tornar viável, sabe o que foi? Eu aprendi que qualquer ação tem uma reação, mas se a reação às vezes for maior que a ação e for indevida, você pode causar um acidente muito maior”. Para Nany People, não se deve levar desaforo pra casa, mas há uma maneira de responder.

Assista à entrevista na íntegra: