A Medida Provisória que cria o Auxílio Brasil precisa ser aprovada pelo Senado até 7 de dezembro para não perder a validade.
Nos bastidores, o Planalto segue costurando alguns acordos para conseguir os votos suficientes.
Ontem, a MP do novo programa social do governo foi aprovada na Câmara.
A medida fixa metas para a redução da pobreza e extrema pobreza no País, além de incentivos ligados ao esporte, ao desempenho no estudo e inserção produtiva.
O texto considera como extrema pobreza quem tem renda familiar mensal per capita de até 105 reais, e de 105 a 210 reais quem se enquadra na pobreza.
Porém, o governo ainda usa dados de 2010 para medir a quantidade de pessoas nessas situações.
Como não houve Censo no ano passado, os números estão defasados e podem gerar distorções no pagamento do benefício.
O Ministério da Cidadania já adiantou que pretende atualizar as informações no ano que vem, justamente parar compor melhor o quadro de beneficiários.
Para o relator da MP, deputado Marcelo Aro, do PP, cerca de 20 milhões de famílias devem ser atendidas, 3 milhões a mais que a previsão do governo.
cada pessoa vai receber, em média, 224 reais de Auxílio Brasil, mas o governo ainda espera elevar o benefício para 400.
Para isso, o Planalto depende da aprovação da PEC dos Precatórios, que abre espaço no Orçamento, mas que tem enfrentado resistência no Senado.