Quase 4 anos após o crime, julgamento do motorista que atropelou e matou a cicloativista Marina Harkot começa nesta quinta-feira (20) em São Paulo.
A morte de Marina Harkot ganhou destaque por envolver todos os elementos comuns nesse tipo de crime: alta velocidade, embriaguez e fuga do local do atropelamento.
A cicloativista de 28 anos pedalava pela Av. Paulo VI, na zona oeste, em novembro de 2020 quando foi atingida.
Ela chegou a ser socorrida, mas morreu no hospital devido à gravidade dos ferimentos.
A polícia ouviu testemunhas e rastreou o carro do motorista por câmeras de segurança até localizar o veículo guardado em um estacionamento.
José Maria Junior aparece sorridente ao lado de uma mulher em imagens de um elevador do prédio para onde os dois foram instantes depois do acidente.
O condutor só se apresentou dois dias depois do crime e disse que não parou por medo de ser assaltado.
A investigação da Polícia Civil, no entanto, teve outra conclusão – que José estava embriagado e dirigia a mais de 90 km/h numa via com limite de 50.
Maria Claudia Kholer, mãe de Marina, afirmou à reportagem que espera que, depois de 4 anos de espera, o caso seja encerrado com a sensação de que a justiça foi feita.
José Maria Junior será julgado por um júri popular pelo crime de homicídio com dolo eventual, quando se assume o risco de matar.
Nesse caso, a pena pode chegar a 20 anos de prisão em regime fechado.
A defesa do motorista explicou para a reportagem da Rádio Bandeirantes vai tentar mudar esse entendimento sobre o crime e retirar o agravante de consumo de álcool antes do atropelamento. José Maria Junior nunca chegou a ser preso.