Após a Justiça de São Paulo determinar que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) não poderá atuar como Polícia Militar (PM) na região da Cracolândia, no centro da cidade, moradores da região se mobilizaram para defender a atuação dos guardas municipais.
Comerciantes e moradores dizem que convivem diariamente com a insegurança e os problemas gerados pela concentração dos usuários de drogas na região.
Relatos feitos à reportagem da Rádio Bandeirantes mostram que os moradores e comerciantes da região consideram a presença da guarda municipal importante para a segurança.
A decisão, proferida pela juíza Gilsa Elena Rios, da 15ª Vara da Fazenda Pública, estabelece um prazo de 60 dias para que a GCM ajuste suas operações conforme a nova orientação.
A determinação atende a um pedido do Ministério Público de São Paulo feito após uma grande operação realizada na Cracolândia em 2017.
Durante a ação, a GCM formou uma barreira ao redor da região para revistar os pertences pessoais dos dependentes químicos.
O episódio resultou na prisão de 38 pessoas, gerando controvérsias sobre a atuação da GCM, que ultrapassou suas atribuições legais.
Na prática, a GCM fica proibida de usar balas de borracha e bombas de gás para dispersão dos usuários de drogas da regiões.
Nesta quarta-feira (26), o prefeito Ricardo Nunes criticou a decisão.
“A GCM não vai chegar com rosas para tratar quem está agredindo alguém. A GCM vai usar da sua expertise para poder garantir a segurança da pessoa e dos nossos agentes. Quem vai entrar no meio da Cracolândia sem ter alguém que possa garantir a sua integridade física? Se vier pra fica da gente vai tomar na testa porque não vamos aceitar”, disse o prefeito.