O ministro da Fazenda reafirma o compromisso de cumprir com a meta fiscal em 2024. A declaração de Fernando Haddad acontece em meio à polêmica fala de Lula de que "dificilmente o governo vai conseguir zerar o déficit nas contas públicas".
Desde a última sexta-feira a afirmação do presidente repercute mal no mercado financeiro e em alas da equipe econômica do Planalto. Ontem, os dois se encontraram em Brasília para discutir a questão e colocar panos quentes na discussão.
O presidente do Senado também seguiu a mesma linha de Haddad. Em comunicado enviado à imprensa, Rodrigo Pacheco ponderou que não seguir a meta "colocaria o país numa rota perigosa".
E ressaltou o esforço do Congresso para apoiar toda e qualquer discussão que tenha como objetivo cobrir o rombo nas contas públicas. Nos bastidores, a avaliação é de que a ala política está ganhando a queda de braço com a equipe econômica.
Principalmente por causa do Programa de Aceleração do Crescimento, que prevê investimentos de 65 bilhões de reais só na primeira etapa. O boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira reduziu mais uma vez a previsão de inflação: de 4,65 para 4,63% neste ano.
O resultado está dentro da meta do governo, estipulada em até 4,75%. Hoje, o Comitê de Política Monetária do BC começa a se reunir para definir a nova taxa básica de juros do país, atualmente em 12,75% ao ano.
A expectativa de economistas e do mercado é de que ocorra uma nova queda de meio ponto porcentual na Selic.