O Ministério da Justiça anuncia medidas para combater o discurso de ódio e postagens relacionadas a ameaças e ataques em escolas. O principal ponto é o controle do conteúdo que é publicado nas redes sociais.
A partir da identificação de uma mensagem com esse teor, as plataformas digitais serão notificadas para que tirem a publicação do ar em até 2 horas. O prazo é o mesmo definido pela Justiça Eleitoral em relação ao controle de fake news nas eleições passadas.
Em caso de descumprimento, será aplicada multa - a empresa responsável pode até ter as atividades suspensas, em casos de punição extrema.
O Ministério da Justiça já encaminhou às plataformas e às policias estaduais cerca de mil perfis que divulgaram ameaças a escolas. A partir de hoje, as empresas terão de tirar o material do ar e, segundo Flávio Dino, isso pode contribuir para a redução dos casos recentes de ataques a instituições.
As plataformas online também foram orientadas a não aceitarem novos perfis em que o endereço já foi identificado com mensagens agressivas anteriormente. Em audiência na Câmara, o ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu o monitoramento da internet para combater a violência.
No Rio Grande do Sul, o monitoramento das redes sociais levou a polícia até 2 adolescentes que planejavam ataques a escolas. No quarto de um deles, os agentes de segurança encontraram uma bandeira com o símbolo nazista.
Além de facas, armas falsas, roupas camufladas e fotos de Hitler e Mussolini. De acordo com a polícia, o jovem e um amigo estariam planejando ataques em escolas diferentes. Ainda segundo as apurações, uma das bandeiras encontradas teria sido presente do pai do garoto; ele e a mãe acabaram presos, e os 2 menores foram apreendidos.