O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro é investigado pela suspeita de 4 crimes, como corrupção passiva e prevaricação.
E ainda tráfico de influência e advocacia administrativa, quando um servidor passa a defender interesses particulares no cargo.
Alvo da Operação Acesso Pago, ele foi preso ontem pela Polícia Federal em Santos, no litoral de São Paulo.
Em nota, a defesa de Milton Ribeiro classificou a ação como "injusta, desmotivada e desnecessária".
Também acabaram detidos os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que teriam negociado com o ex-ministro a liberação irregular de verbas para creches e escolas.
Outros dois alvos foram o ex-assessor da Secretaria de Planejamento Urbano Goiânia de Helder Bartolomeu e Luciano Musse, ex-gerente de Projetos do Ministério.
O caso veia à tona em março deste ano.
Em um áudio vazado, o então titular da Educação falou sobre a distribuição dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação, órgão ligado ao MEC.
Depois das denúncias, Milton Ribeiro foi afastado do cargo.
Prefeitos como o de Luís Domingues, no Maranhão, Gilberto Braga, revelaram pedidos de propina pelo pastor Arilton Moura - até em ouro - para liberar verbas.
Ontem, horas antes de ser preso, o pastor Gilmar Santos foi gravado cobrando fiéis pela reforma de um templo em Goiânia.
Além das prisões, mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela PF em localidades de diferentes estados, incluindo o Ministério da Educação, em Brasília.