Henrique Meirelles diz que até agora não foi convidado para exercer qualquer cargo no futuro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo o ex-ministro, quando se aproximou da campanha do presidente eleito, ficou combinada uma conversa depois da eleição, mas isso ainda não aconteceu.
Falando a José Luiz Datena, na Rádio Bandeirantes, Meirelles disse que não pode falar se aceitaria comandar a economia porque não decide com base em hipóteses.
Henrique Meirelles defende que o futuro governo ultrapasse o teto de gastos no ano que vem com o aval do Congresso.
Para o ex-ministro da Fazenda, um dos criadores desse mecanismo, só assim será possível custear o Auxílio Brasil de 600 reais, além de outras promessas de campanha.
Ele avalia que, por outro lado, a nova administração vai ter que cortar despesas desnecessárias como demonstração de que se preocupa com a responsabilidade fiscal.
Com relação aos derivados do petróleo, Meirelles é a favor de uma mudança na fórmula que atrela os preços às oscilações do dólar e do barril no exterior.
De acordo com o ex-ministro da Fazenda, é preciso pensar em "parâmetros baseados nos custos de produção da Petrobras", que não estão ligados ao mercado internacional.
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