O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cid, é peça central das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Filho de um general amigo do ex-presidente, o militar foi o braço-direito e secretário particular de Bolsonaro.

Tal proximidade garantiu a ele acesso a todo tipo de articulação. Mauro Cid foi parar nas manchetes após ser preso na operação sobre as carteiras de vacinação que teriam sido falsificadas para Jair Bolsonaro e aliados.

O tenente-coronel também é investigado por tentar recuperar as joias sauditas retidas pela Receita e revender presentes valiosos recebidos pelo ex-presidente. Ele ficou na cadeia por quatro meses e só foi solto quando resolveu delatar.

Mauro Cid admitiu a fraude e a participação na venda de joias que deveriam ser patrimônio público. O envolvimento do militar no planejamento de um golpe de Estado ficou claro nas conversas que a Polícia Federal encontrou no celular dele.

O tenente-coronel chegou a orientar manifestantes a irem ao Congresso e ao Supremo e afirmou que as Forças Armadas iriam garantir a permanência do grupo.