Marina Helena rebate Tabata sobre educação pública: "Não sei em que país vive"

Candidata do Novo esteve na Rádio Bandeirantes para a segunda rodada de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo

Da Redação

A pré-candidata à Prefeitura de São Paulo Marina Helena, rebateu a afirmação da deputada Tabata Amara (PSB) de que acredita na implementação de uma educação “100% pública” na cidade de São Paulo. Helena foi a convidada desta quarta-feira (24) da segunda rodada de entrevistas com os políticos que miram a eleição da maior cidade do país. 

“Para ser bem sincera, eu me assustei bastante com a entrevista da Tabata. Eu até rebobinei para ter certeza do que eu tinha escutado, que ela falou que ela acredita que no ensino 100% estatal de qualidade. Não é possível, eu não sei em que país que ela vive”, afirmou. 

Na última segunda-feira (22), Tabata disse na Rádio Bandeirantes ser contra que entidades privadas assumam o controle de gestão de escolas públicas, em um modelo semelhante ao da gestão de hospitais públicos por organizações sociais. De acordo com a pré-candidata, ela acredita em um “ensino 100% público”, com entidades privadas podendo prestar serviços de infraestrutura e manutenção dentro da escola. Ideia descartada por Helena. 

“O Brasil quintuplicou os gastos com educação nos últimos 20 anos e a qualidade está exatamente no mesmo lugar, nos piores rankings internacionais. A gente está atrás de países africanos, que tem uma renda muito menor que a nossa”, disse. 

“Não é que privatizou que resolveu”

Apesar de defender a desestatização dos serviços públicos, uma das principais bandeiras do seu partido, Marina Helena defendeu que os contratos precisam ser feitos de forma correta, lembrando a recente polêmica envolvendo empresas de ônibus investigadas pela Polícia Federal. 

“Muitas das funções que o Estado exerce poderiam ser melhor exercidas pelo setor privado, com mais eficiência e por um menor custo. Agora, não é porque privatizou que resolveu. A gente viu o escândalo que a gente teve da infiltração do crime organizado, por exemplo, nos transportes”, comentou. 

Internação compulsória

Sobre a crise de dependentes químicos e criminalidade no Centro de São Paulo, a pré-candidata do Novo argumentou que é necessária uma maior ação policial na região. Sobre os dependentes em si, argumentou que a solução é a Prefeitura haja para que médicos possam recomendar a internação compulsória. 

 "Ajudar de alguma maneira essas pessoas, dar proteção. Por exemplo, dar  advogados para defendê-los. Eu acho que trazer isso como prioridade nesses casos em que a pessoa já perdeu”, afirmou. 

Camiseta contra Moraes

A pré-candidata compareceu aos estúdios da Rádio Bandeiras vestindo uma camiseta pedindo o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Segundo Helena, o ministro, envolvido em polêmica sobre os pedidos de bloqueio em contas do X, o antigo Twitter, pratica censura. 

Veja a entrevista na íntegra:

Entrevistas com os pré-candidatos

A Rádio Bandeirantes realiza ao longo das manhãs desta semana a segunda rodada de entrevistas com os pré-candidatos a prefeito da cidade da São Paulo. Além de Marina Helena, Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB), já foi sabatinada no Manhã Bandeirantes. Confira a programação.

  • Sexta-feira (26): Ricardo Nunes/MDB

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