Marco Sabino: Lula cogita reforma ministerial "dolorosa" pela governabilidade

Presidente estaria considerando trocar comandados que chefiam pastas com grandes orçamentos para abrigar siglas de Centro; intuito é ampliar base no Congresso

Rádio Bandeirantes

O colunista da Rádio Bandeirantes Marco Antonio Sabino comentou durante participação no Jornal Gente que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) considera realizar uma reforma ministerial "dolorosa" por um aumento no apoio no Congresso Nacional.

Segundo o jornalista, além da reforma administrativa, há a reforma tributária no Senado - e sua possível volta à Câmara - para serem aprovados. Além destas, uma possível taxação de fundos únicos deve tramitar nas casas legislativas e o governo federal precisa ampliar sua base governista para que as medidas sejam aprovadas.

"Essa movimentação serve para levar dois partidos à base. O PP e o Republicanos, que dariam maioria ao governo para aprovar estas propostas."

Os políticos destas duas siglas, no entanto, desejam contar com uma pasta ministerial de grande orçamento.

Pelo presidente Lula passar a considerar uma "dolorosa" reforma ministerial, há nomes próximo a que poderão deixar o governo. Em mandatos anteriores, o presidente petista já teve que demitir Olívio Dutra e José Graziano, considerados próximos do ex-metalúrgico.

Quais ministros estão em risco? Wellington Dias (PT), o ex-governador do Piauí, que tem o maior orçamento da Esplanada no Ministério do Desenvolvimento Social. Outro nome que pode perder o cargo é Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; Luciana Santos, da Ciência, Tecnologia e Inovação; e até Márcio França, dos Portos e Aeroportos.

Considerações de Arthur Lira

No entanto, o presidente da Câmara dos Deputados sinalizou ao Planalto e considerou, durante participação em um evento de empresários em São Paulo, que a construção da governabilidade deve ser realizada pelo governo federal. Houve também, nos bastidores, críticas realizadas pela articulação política do governo. Atualmente, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), é o encarregado por intermediar as negociações do Planalto com o Congresso.

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