Dilcilene Prado Anelle dos Santos, mãe de Gabriela Anelli, morta aos 23 anos após uma confusão nos arredores do Allianz Parque no último sábado (8) antes do confronto entre Palmeiras e Flamengo, lamentou a morte da filha e pontuou que a torcedora alviverde enfrentou problemas de saúde durante sua vida.
"Gabriela sempre foi minha luz, minha vida, minha menininha. Lutadora desde pequena com problemas de saúde. Lutou até o último momento, os médicos disseram que ela foi lutadora na UTI. Lutou para respirar, vimos ali. Ela tinha tudo para viver a vida dela e hoje estamos sem ela aqui"
Segundo a mãe de Gabriela, a família iria se encontrar antes da partida e a ausência da filha no início do jogo foi motivo de preocupação. No entanto, tanto ela quanto o pai da torcedora souberam do ocorrido apenas no final do confronto válido pelo Campeonato Brasileiro.
Dilcilene também ressaltou que Gabriela apresentou problemas de saúde desde a infância, tendo realizado cirurgias no coração, pulmão e rins, além de ter nascido com um má formação. "Uma fatalidade, porque não foi um problema de saúde que ela tinha que matou ela. Foi uma garrafa que cortou a jugular dela", pontuou a mãe da vítima.
O avô da Gabriela, Luiz Henrique Anelli, realizou um apelo às torcidas organizadas e pediu para que os grupos se divirtam nas ruas, sem a prática de violências em nome do futebol.
Torcedora do Palmeiras atingida por uma garrafa
Gabriela estava na fila de entrada do Allianz Parque, estádio do Palmeiras, no último sábado (8), para assistir a partida entre o clube paulista e o Flamengo. No local, houve um princípio de confusão entre torcedores das duas equipes e houve arremessos de pedras e garrafas. Um dos estilhaços do vidro quebrado atingiu o pescoço de Gabriela, que chegou a ser socorrida pela ambulância do estádio. A família chegou a pedir doações de sangue, mas a fã do Palmeiras sofreu duas paradas cardíacas e não resistiu aos ferimentos. Nas redes sociais, familiares de Gabriela confirmaram o óbito da torcedora.