O presidente Lula reafirma a posição pela paz em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia.
O chefe do Executivo tem recebido críticas por dizer que os ucranianos também teriam parcela de responsabilidade no conflito.
Em Portugal, onde cumpre agenda desde a última sexta-feira, o presidente se justificou à imprensa.
Em tom mais ameno, ele negou ter igualado as responsabilidades, mas disse que ambos os países parecem querer a continuidade da guerra.
O petista defendeu o diálogo como solução para uma saída negociada para a paz.
Depois de um encontro com o presidente português Marcelo Rebelo de Souza, em Lisboa, Lula ainda se explicou sobre outra declaração.
Em viagem à China, o brasileiro chegou a dizer que Estados Unidos e União Europeia contribuem para a continuidade da guerra.
A afirmação não foi bem recebida pelas potências ocidentais.
O presidente também aproveitou a visita para assinar 13 acordos com o governo português.
Entre eles, o que prevê a equivalência dos diplomas universitários e das carteiras de motorista dos dois países.
Ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Antônio Costa, Lula voltou a defender o acordo de livre-comércio entre Mercosul e União Europeia, travado há mais de 20 anos.
A agenda de Lula continua hoje com a previsão de uma viagem até a cidade do Porto para participar de um fórum econômico.
Depois, ele retorna a Lisboa para a entrega do Prêmio Camões, a mais importante honraria da literatura em português, ao compositor Chico Buarque de Hollanda.
Amanhã, o presidente viaja a Madrid, na Espanha, para se reunir com o primeiro-ministro Pedro Sánchez e o rei Felipe Sexto.