O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, discursou hoje na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27).
Lula ressaltou que sua eleição é um retorno do Brasil para o caminho da segurança climática.
”Vamos fortalecer os órgão de fiscalização e os sistemas de monitoramento, que foram desmantelados nos últimos quatro anos.”, afirmou.
O presidente eleito afirmou que as medidas para proteger o meio ambiente andam juntas com o combate à pobreza e desigualdade.
Lula disse que para promover medidas efetivas, é necessário ampliar o Conselho de Segurança da ONU, hoje composto por 5 membros permanentes e 10 rotativos.
“O mundo de hoje não é o mesmo de 1945. É preciso incluir mais países no Conselho de Segurança da ONU e acabar com o privilégio do veto, hoje restrito a alguns poucos, para a efetiva promoção do equilíbrio e da paz.”
Em relação aos povos indígenas e à Amazônia, Lula afirmou que “não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação de nossos biomas até 2030”.
O compromisso de criar o criar o Ministério dos Povos Originários, dito ainda na campanha eleitoral, foi mantido “para que os próprios indígenas apresentem ao governo propostas de políticas que garantam a eles sobrevivência digna, segurança, paz e sustentabilidade.”
O acordo de sustentabilidade entre Brasil, Congo e Indonésia, que somam mais de 50% das florestas tropicais do mundo, firmado durante a COP27, também foi ressaltado.
O presidente eleito confirmou duas iniciativas para a promoção da sustentabilidade.
“A primeira iniciativa é a realização da Cúpula dos Países Membros do Tratado de Cooperação Amazônica. Para que Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela possam, pela primeira vez, discutir de forma soberana a promoção do desenvolvimento integrado da região, com inclusão social e responsabilidade climática.”
A segunda é a candidatura do Brasil para sediar a COP30, em 2025.