O presidente Lula se reúne hoje com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, para definir se será retomada a cobrança de impostos para o etanol e a gasolina. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também vai participar.
A medida provisória que zerou impostos federais e provocou a queda nos preços dos combustíveis termina amanhã.
A depender da decisão, o preço dos combustíveis já pode ficar mais caro no próximo mês. Sem a isenção, a gasolina pode ter um aumento de 69 centavos por litro e o etanol em torno de 24 centavos.
No entanto, se prorrogar a medida, o governo terá um perda de arrecadação de cerca de 3 bilhões de reais por mês. E se voltar a cobrar pis cofins, a elevação dos preços nas bombas pode causar um efeito dominó, aumentando ainda mais a inflação.
Enquanto a ala política quer manter a desoneração por mais tempo, a equipe econômica estuda um meio termo.
O governo abriria mão de cerca de 30 por cento dos impostos sobre a gasolina e 70 por cento sobre o etanol. No entanto, a decisão final ficará por conta do presidente da República.
Outro problema que estará na mesa é a redução do ICMS sobre combustíveis, aprovada pelo Congresso, mas que depende de decisão do supremo.
Os governadores tem demonstrado preocupação com a perda de arrecadação por causa da renúncia fiscal do principal imposto estadual.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad
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