Lula deve anunciar mais nomes da equipe ministerial ao longo desta semana

Reunião na cúpula do PT definiu o número de ministros (37).

Lula anuncia ministros  Divulgação Ricardo Stuckert
Lula anuncia ministros
Divulgação Ricardo Stuckert

O presidente eleito Lula deve anunciar mais nomes da equipe ministerial ao longo desta semana. Ao todo, serão 37 ministérios - 14 a mais do que no atual governo de Jair Bolsonaro. O desenho da nova esplanada foi definido no último sábado, em um encontro que reuniu lideranças do PT em Brasília.

Entre as pastas que serão recriadas estão: Planejamento, Cidades, Pesca, Cultura e Esportes. Também serão criados novos ministérios, como dos Povos Originários e de Portos e Aeroportos. O ministério da Economia será desmembrado em quatro: Fazenda; Indústria e Comércio Exterior; Planejamento; e Gestão. A ideia é repetir a configuração ministerial do segundo mandato de Lula, de 2007 a 2010, dando peso político a áreas consideradas prioritárias.

Segundo o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, as novas vagas não vão pesar nos cofres públicos. As negociações dos cargos ministeriais envolvem a bancada do próprio PT e de partidos aliados durante a campanha. Um deles é o MDB, que busca colocar a senadora Simone Tebet em um ministério de peso, como o Desenvolvimento Social. No entanto, o PT resiste em abrir mão do controle do Bolsa Família, e tenta emplacar algum nome do partido na pasta. Para o ex-presidente José Sarney, deixar Simone Tebet fora de um ministério de peso seria um erro político.

Além do Desenvolvimento Social, o PT também pleiteia um cargo no ministério de Minas e Energia. Já o PSD, de Gilberto Kassab, tenta conquistar vagas nas pastas da Agricultura e Turismo. O presidente da Câmara, Arthur Lira, também está de olho em um ministério para o grupo político dele, o centrão.

A negociação pode ser crucial para conquistar apoios fora da esquerda e destravar a votação da PEC da Transição na Casa, marcada para amanhã. Para o relator do orçamento, senador Marcelo Castro, é impensável que o texto que garante os 600 reais do Bolsa Família a partir de janeiro não seja aprovado.

O prazo para aprovar o texto a fim de garantir a promessa de campanha a partir de janeiro se encerra amanhã, antes do recesso parlamentar. Porém, uma decisão no fim da noite de ontem de Gilmar Mendes pode interferir na conclusão da Câmara.

O ministro do Supremo determinou que benefícios para programas sociais sejam excluídos do teto de gastos. Além disso, afirmou que os recursos para o aumento de 600 reais do futuro Bolsa Família podem ser obtidos por meio de uma Medida Provisória. Isso significa que o governo Lula fica menos dependente da aprovação da PEC da Transição para o custeio de programas sociais.

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