O sistema de transporte público sobre trilhos opera normalmente em São Paulo após o fim da greve dos metroviários e ferroviários. A paralisação da categoria nesta terça-feira durou 24 horas e afetou cerca de cinco milhões de pessoas na maior cidade do país.
Durante o dia, as linhas de Metrô e da CPTM administradas pelo poder público funcionaram de forma parcial em alguns trechos. Foi o caso das Linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô; a Linha 15-Prata do Monotrilho não abriu ontem.
Por outro lado, trechos concedidos à iniciativa privada, como as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás do Metrô, 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, operaram sem transtornos. O protesto convocado por centrais sindicais foi contra a privatização de serviços do Metrô, CPTM, e da Sabesp.
Em entrevista ao Brasil Urgente, da Band, o governador de São Paulo classificou a greve como "abusiva" e disse que não vai voltar atrás sobre as privatizações. O Tribunal Regional do Trabalho expediu uma ordem determinando funcionamento de 80% do sistema nos horários de pico e 60% em outros horários.
No entanto, segundo boletim divulgado pelo próprio TRT, o Sindicato dos Metroviários não cumpriu a decisão judicial. O prefeito de São Paulo afirmou à Rádio Bandeirantes que pode entrar com uma ação pelos prejuízos administrativos causados pela paralisação.
Um dos motivos da greve, o projeto de privatização da Sabesp deverá começar a ser votado na próxima segunda-feira na Assembleia Legislativa de São Paulo. A informação foi confirmada ontem pelo presidente da Alesp, deputado André do Prado.