Um laudo, encomendado pelo governo de São Paulo, indicou que não foi o "tatuzão" do Metrô que causou a cratera na Marginal Tietê, em fevereiro de 2022, durante as obras da Linha 6-Laranja.
Segundo o documento, a responsabilidade foi da Sabesp. Na época em que a cratera se abriu na pista, a secretaria de transportes metropolitanos afirmou que uma galeria de esgoto havia se rompido.
As informações do documento, no entanto, dão conta que o vazamento não foi provocado pelo avanço do "tatuzão" no local. O laudo aponta uma sobrecarga na estrutura de esgoto que, somado a água da chuva, levou o rompimento da galeria de esgoto e, consequentemente, do solo da pista.
Na época, imagens mostraram o túnel de escavação desabando parcialmente e sendo tomado por esgoto. Nenhum funcionário da obra ficou ferido.
O acidente provocou atraso no cronograma da Linha 6-Laranja do metrô. Após o rompimento da galeria, o bombeamento da água demorou quase dois meses. Já a desinfecção do túnel e de equipamentos levou três meses. A obra demorou seis meses para ser retomada.
Procurada pela reportagem da Rádio Bandeirantes, a Sabesp afirmou que não teve acesso ao relatório e, portanto, não poderia se manifestar. A empresa, no entanto, conta com um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que mostra que a perfuração foi feita sem que a Acciona, concessionária responsável pelas obras, protegesse a estrutura ao redor.
Na época do desmoronamento, as pistas local e central da Marginal Tietê foram bloqueadas, no sentido Ayrton Senna, na altura da Ponte do Piqueri, por causa de um desmoronamento nas obras da Linha 6-Laranja do Metrô de São Paulo. Duas faixas da pista expressa ficaram liberadas.