"Incertezas" e "difícil mentalmente": jogadores do Inter falam sobre retorno

Colorado também entrou em campo com uniforme sujo de lama e lançou campanha para arrecadar fundos

Da redação

Jogadores do Inter falam sobre voltar a jogar após tragédia no RS
Divulgação/Internacional

O Internacional voltou aos gramados nesta terça-feira (28) depois de semanas afastado do futebol por causa da tragédia que destruiu boa parte do Rio Grande do Sul. Em Barueri, na Grande São Paulo, o Colorado perdeu por 2 a 1 do Belgrano pela Sul-Americana.

Depois da partida, alguns jogadores e o técnico Eduardo Coudet falaram sobre esse retorno ao futebol. O capitão Alan Patrick citou o “tempo sem jogar, de incertezas”, enquanto o zagueiro Vitão falou que é “difícil mentalmente".

Muito tempo sem jogar, de incertezas, sofrendo junto com o povo gaúcho. Tivemos que retomar, sabíamos que não tínhamos tempo para ficar parado e sofrendo. Por mais que a gente treine forte, fizemos uma mini pré-temporada, é o jogo que vai dando o ritmo - Alan Patrick.

“Obviamente está sendo muito difícil pra gente, tanto fisicamente, quanto mentalmente. Mas somos profissionais, tentamos esquecer tudo isso quando estamos em campo, mesmo sendo difícil. A gente correu, acho que a preparação foi boa. Perdemos o jogo hoje em três, quatro minutos, em uma desconcentração que não pode acontecer. Quando a gente entra em campo, temos que dar o nosso melhor para tentar dar um pouco de alegria pra esse povo”, afirmou Vitão.

Para o duelo desta terça, o Colorado entrou em campo com um uniforme sujo de lama para lembrar a tragédia. O clube também abriu um leilão virtual para arrecadar fundos para o povo gaúcho.

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Coudet fala sobre futuro ‘indefinido’

Na coletiva depois da partida, Eduardo Coudet também falou sobre a volta aos gramados. O treinador destacou a situação atípica e a dificuldade para se ter um planejamento a médio prazo em relação aos jogos.

"Todos acreditamos e temos a segurança de que podemos brigar por títulos [na temporada]. A dificuldade é geral, é difícil porque ainda podemos trocar [o local de] algum jogo como mandante. Não é o mesmo jogar em outro campo e não no Beira-Rio, com o público, é um fator muito importante. É difícil de explicar, é uma situação diferente, não temos um horizonte. Temos cinco, seis jogos [marcados] e depois não sabemos em que campo vamos jogar, se vai ser mandante, se não vai ser. É difícil. Mas o mais difícil mesmo é a situação de muita gente, que perdeu tudo. Falar de futebol neste momento…", disse o técnico.

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