Bolsonaro aciona STF contra bloqueio e envio de dados à PGR

Chris Panvechi, da redação

Bolsonaro aciona STF contra bloqueio e envio de dados à PGR
Marcos Oliveira/Agência Senado

Jair Bolsonaro aciona o Supremo Tribunal Federal contra pedidos feitos pela CPI da Pandemia contra ele.

A Advocacia-Geral da União recorreu à Justiça para que o sigilo das mensagens do presidente não seja quebrado.

E que não haja suspensão de acesso às redes sociais nem retratação por causa de declarações relacionando a vacina contra a covid ao risco de infecção pelo H-I-V.

A AGU argumenta que a comissão não tem poder para investigar o chefe do Executivo.  

O presidente da Câmara também criticou os pedidos de indiciamento de deputados federais feitos pelos senadores.

Arthur Lira reagiu com indignação e destacou que o grupo de trabalho não pode tudo; 6parlamentares foram citados - todos da base de apoio ao governo.

Ontem, os senadores da CPI fizeram uma romaria por Brasília para entregar o documento a autoridades.

O primeiro a receber o relatório foi o procurador geral da República, Augusto Aras.

Depois, foi a vez do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos.

O presidente da comissão, Omar Aziz, afirma que o objetivo é buscar justiça.

Indicado ao cargo duas vezes por Jair Bolsonaro, o procurador-geral prometeu agir e disse pela internet que a CPI produziu resultados.

Agora, Augusto Aras destaca que será possível avançar na apuração sobre autoridades com prerrogativa de foro.

O relatório deverá ser enviado a um grupo de trabalho do Ministério Público criado durante a pandemia.  

Aras já afirmou a colegas que em até um mês anuncia o futuro das ações contra os 13 citados pela comissão que só podem ser julgados pelos tribunais superiores.

Se ele demorar mais do que 30 dias para decidir, os senadores prometem ir direto ao Supremo.

Sobre os acusados sem foro, a CPI vai enviar o relatório diretamente aos Ministérios Públicos dos estados e do Distrito Federal.

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