Interlocutores de Lula e Alckmin dão como certa a chapa dos dois para as eleições do ano que vem.
O encontro deles neste domingo foi definido pelos grupos de ambos como "a cereja no bolo da aproximação".
Ontem, Lula se encontrou com o presidente do PSB, e recebeu a informação de que as conversas para a filiação do ex-governador de São Paulo estão adiantadas.
A oficialização da aliança já está encaminhada politicamente, mas ainda esbarra em entraves burocráticos.
O principal é a entrada de Alckmin no PSB para a formalização da candidatura dele como vice de Lula; o ex-governador tem dito que não tem pressa para decidir.
A provável entrada de Alckmin na corrida presidencial cria um obstáculo em São Paulo, com os pré-candidatos ao governo estadual dos dois partidos - PT e PSB.
Um deles teria de abrir mão: o pessebista Márcio França ou o petista Fernando Haddad.
Nas redes sociais, Sergio Moro ironizou o evento com o ex-presidente Lula e Geraldo Alckmin.
O ex-juiz escreveu: "impressão minha ou ontem assistimos a um jantar comemorativo da impunidade da grande corrupção?"
Jair Bolsonaro não comentou publicamente o encontro. O presidente tem sido pressionado por ministros a ampliar as alianças para fazer frente aos adversários.
Já Ciro Gomes lembrou a operação da Polícia Federal contra ele e o irmão na semana passada.
O candidato pelo PDT condenou o uso político e espetacularização da Justiça, e afirmou que o Brasil ainda não se livrou do "mal batizado de lavajatismo".