Os técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recomendaram no fim de fevereiro que a chefia do órgão negue a licença para a Petrobras para a exploração da Margem Equatorial na região do Amapá. Para o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, o Ibama impõe prejuízo ao país ao travar a exploração da região.
Aldo Rebelo falou, em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, sobre a quantidade aproximada de barris de petróleo que o Brasil poderia estar produzindo a partir de cálculos de produção da Guiana, que já explora a Margem Equatorial. A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, deve se reunir com Lula para tratar sobre o tema.
"São 620 mil barris por dia na Guiana. A Agência Nacional de Petróleo calcula que a Margem Equatorial do Brasil tem pelo menos 16 milhões de barris de reserva. É natural que nós compreendamos que o Brasil também poderia estar produzindo 620 mil barris por dia", disse.
Aldo Rebelo, que esteve no Amapá na última semana para tratar da Margem Equatorial com autoridades do Estado, acredita que a exploração da região poderia trazer estabilidade econômica ao país e desenvolvimento para os estados envolvidos.
A Margem Equatorial é uma região que engloba as zonas marítimas da costa do Brasil, da Guiana, do Suriname e de outros países da América do Sul. A área é rica em petróleo e gás natural e vem sendo explorada por petrolíferas.
No Brasil, a região se estende da foz do rio Oiapoque ao litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo as bacias sedimentares da foz do rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
"O petróleo não é do Amapá, o estado vai consumir uma parte muito pequena. O petróleo é do Brasil, que vai movimentar a economia brasileira. Empregos estão sendo bloqueados porque a cadeia de petróleo e gás leva consigo uma cadeia de serviço e apoio", disse à Rádio Bandeirantes.