A guerra na Ucrânia acumula denúncias de violações e crimes humanitários e tem tudo para se tornar uma batalha também nos tribunais internacionais.
Desde o início dos conflitos, em 24 de fevereiro, o mundo assiste aos dois lados desrespeitando convenções.
Após capturar soldados russos, o governo da Ucrânia chegou a divulgar vídeos e entrevistas com os presos, que teriam sido obrigados a mostrar arrependimento.
O ato foi condenado pela Anistia Internacional e pela Cruz Vermelha, que lembram que o Tratado de Genebra proíbe a exposição pública do inimigo.
Mas por pelo menos duas vezes isso aconteceu na Ucrânia - até um desfile de russos capturados virou notícia na imprensa internacional.
Já as tropas de Moscou são acusadas de atacar deliberadamente áreas residenciais, usar armas proibidas e bombardear corredores humanitários.
Para o professor de relações internacionais Leonardo Trevisan, é preciso que o mundo fique atento às violações.
As atitudes das autoridades russas e ucranianas podem render punições por crimes de guerra, que não prescrevem.
Ou seja, todas as ações registradas no conflito podem ser julgadas enquanto os acusados estiverem vivos.