O governo brasileiro vê a necessidade de manter uma posição neutra sobre a disputa entre Venezuela e Guiana pela região de Essequibo. A definição vem após uma reunião de emergência convocada ontem à noite pelo presidente Lula para discutir a tensão na fronteira com o Brasil.
Participaram do encontro no Rio de Janeiro o chanceler Mauro Vieira e o assessor especial para assuntos internacionais Celso Amorim. Na reunião, o presidente reforçou que a conciliação deve ser pacífica entre os dois países.
Em meio ao acirramento das tensões, o ditador Nicolás Maduro divulgou um mapa com a região de Essequibo já anexada ao território venezuelano. Ele determinou que o mapa seja publicado e reproduzido nos órgãos do governo, escolas e universidades.
Em discurso, Maduro disse ainda que a PDVSA, a empresa estatal de petróleo, vai criar uma divisão para explorar gás e óleo na região. E designou o general Alexis Rodriguez Cabello como autoridade única do território que corresponde a 70% da Guiana.
O presidente da Guiana reagiu imediatamente e pediu ajuda ao Conselho de Segurança da ONU para proteger o território do país. Irfaan Ali também cobrou ajuda ao presidente Lula para mediar o conflito com maturidade e liderança.