O governo enfrenta pressão para conceder o reajuste salarial de 5% prometido a todas as categorias do funcionalismo público federal.
Servidores da segurança, por exemplo, criticam o não cumprimento de uma promessa do presidente Jair Bolsonaro de reestruturação de carreira.
Em nota, sete categorias da área de segurança afirmaram que a criação de um plano de cargos e salários não pode ser deixada de lado.
E que as entidades vão avaliar a proposta do governo antes de decidir as próximas medidas.
Em greve há quase 20 dias, funcionários do Banco Central vão suspender a paralisação por duas semanas.
A decisão foi tomada depois de reunião com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que prometeu lutar por um melhor índice de reajuste.
Mas o presidente do sindicato de funcionários da instituição, Fábio Faiad, não descarta voltar com a greve caso a solicitação não seja atendida.
O governo ainda procura maneiras de bancar o reajuste sem prejudicar outras fatias do Orçamento Federal.
Para conceder o aumento a partir de julho, serão necessários quase 4 bilhões de reais, sem contar o ano que vem.
Segundo o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, é necessário definir melhor o Orçamento de 2023 antes de tomar decisões.
De acordo com a equipe econômica, os recursos previstos para o reajuste não são suficientes; a defasagem seria de mais de 900 milhões de reais.