Gasolina vai subir? Entenda aumento anunciado por redes de postos

Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo afirma que preço aumentou para o revendedor, mas decisão de repassar ao consumidor é de cada posto

Posto de gasolina
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os consumidores de combustíveis em São Paulo devem se preparar para possíveis aumentos nos preços da gasolina, etanol e diesel. 

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, comentou sobre a recente movimentação de preços no setor.

Segundo Gouveia, a rede de postos Ipiranga já aplicou um aumento de 10 centavos por litro nos três combustíveis. 

"As notas da Ipiranga já vieram com 10 centavos de aumento na gasolina, no óleo diesel e no etanol. Os três produtos subiram 10 centavos hoje para o revendedor Ipiranga", afirmou. 

As outras grandes bandeiras, como Vibra e Raízen, ainda não anunciaram um reajuste, mas é provável que sigam a mesma tendência.

Decisão é de cada posto

Para o consumidor final, esse aumento pode ou não ser imediatamente refletido nas bombas. 

"A decisão é individual de cada posto: ele pode repassar os 10 centavos, pode não repassar, repassar menos ou até repassar um pouco mais. Isso depende muito de cada revendedor", explicou Gouveia. Assim, os preços podem variar de posto para posto, já que a decisão de reajuste é livre.

Quando questionado sobre a legalidade de um posto repassar o aumento antes de receber o produto reajustado, Gouveia explicou que, apesar de não ser uma prática comum, ela não é ilegal. 

"A maioria dos postos só faz esse aumento depois de receber o produto da sua distribuidora, mas nada impede que o façam antes, já esperando o aumento", disse.

Além do aumento de preços, Gouveia expressou preocupação com a medida provisória apelidada de "MP do fim do mundo". Segundo ele, a medida cria um ambiente de incerteza e instabilidade no mercado. 

"A tendência é que esse seja o primeiro de muitos aumentos nas bombas", afirmou, destacando a necessidade de diálogo entre o governo e o setor para evitar impactos negativos no mercado e na economia.

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