"Escória humana", diz Sabino sobre roubos e furtos em meio à tragédia no RS

Comentarista fez um desabafo contra os criminosos que estão se aproveitando da fragilidade das pessoas no Sul

Da Redação

O comentarista Marco Antônio Sabino analisou as denúncias de roubos de barcos de resgate a vítimas e saques a residências inundadas que estão ocorrendo nos últimos dias no Rio Grande do Sul em meio à tragédia das enchentes que afeta a população gaúcha. Durante o Manhã Bandeirantes desta terça-feira, na Rádio Bandeirantes, Sabino fez um desabafo contra os criminosos que estão se aproveitando da fragilidade das pessoas.

"Este país é o país das contradições, dos extremos. Um país pobre, mas rico em tudo: no agro, nos recursos minerais, na nossa gente, principalmente. Um país de escola sem banheiro que exporta cientista para o mundo inteiro. Um país verde de cidade cinzas. Um país sem terremotos para a tragédia no Rio Grande do Sul. Um país descalço que agora pisa na água na lama. Um país da solidariedade ao país do crime que impede resgate de gente que precisa, que impede que pessoas sejam salvas, ameaçando essas pessoas. Que rouba barcos que estão trabalhando exatamente nesse resgate em plena tragédia", disse.

"Criminosos estão se aproveitando da situação no Rio Grande do Sul, infelizmente como acontece em muitas e muitas catástrofes ao redor do mundo. Só tem uma palavra para que a gente possa definir esse tipo de pessoa: escória humana, infelizmente", completou o comentarista, que fez questão de destacar a onda de solidariedade que tomou conta do país nos últimos dias. Ele associou o espírito do povo brasileiro ao personagem Cascão, da Turma da Mônica, criado pelo cartunista Maurício de Souza.

"Felizmente é uma minoria, porque a maioria é solidária, está nas ruas, é voluntária e salva pessoas nesse momento no Rio Grande do Sul. E só para não dizer que falamos só de tragédia, de coisas tristes, lembrar uma curiosidade: vocês conhecem aquele personagem do Maurício de Sousa, o Cascão. Ele tem medo de água. Cascão não se aproxima de água, mas pela segunda vez - a primeira foi em 1983 - ele entra na água e mais uma vez no Rio Grande do Sul, porque em 83 também teve outra enchente. Mais uma vez ele entra na água para salvar pessoas. O Cascão é o brasileiro", finalizou.

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