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Estivemos próximos de um golpe de Estado, diz Dino sobre atos de 8 de janeiro

Ministro da Justiça e Segurança Pública ressaltou que houve ação coordenada nas manifestações que depredaram a sede dos Três Poderes

Rádio Bandeirantes

O ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino conversou de maneira exclusiva na manhã desta quinta-feira (13) com José Luiz Datena, âncora do Manhã Bandeirantes, e afirmou que o país esteve à beira de um golpe de Estado no início deste ano.  

Segundo o político, houve clara atuação de financiadores e executores das ações de vandalismo que culminaram na invasão e depredação dos Três Poderes - Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal -, em Brasília, no Distrito Federal, em 8 de janeiro.

Era um pessoal violento, com muito dinheiro, que tentaram instigar as Forças Armadas. Não tiveram êxito. As Forças Armadas não embarcaram, mas havia gente financiando, colocando bomba, comprando arma, quebrando coisas, invadiram prédios públicos. Era, sim, uma tentativa de golpe fracassada.

Dino pontuou que havia ação coordenada entre os participantes e as investigações mostraram que havia planejamento por escrito das ações que seriam realizados no dia em questão.  

Não foi como se as pessoas tivessem acordado no dia 8 [de janeiro] e disseram: 'Vamos ali quebrar o Palácio do Planalto'. Não, havia planejamento, direção, gente pagando pessoas, gente armada.

Por fim, o ministro concluiu suas considerações com um pedido de paz e observou que, aqueles que quiserem trabalhar para melhorar o país, devem prezar pela paz, enquanto possíveis opositores deverão aguardar até 2026 para as próximas eleições.

8 de janeiro investigado no Congresso

Após as ações de vandalismo que culminaram na invasão e depredação dos principais prédios públicos em Brasília, o Congresso Nacional instaurou uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) com o objetivo de investigar as ações do episódio. Até o momento, congressistas já ouviram o ex-ajudante de ordens da presidência, Mauro Cid; o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques; e militares que poderiam ter apoiado as insurgências contra o governo federal.

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