O coordenador da base do Palmeiras, João Paulo Sampaio, elogiou a atuação de Estêvão, promessa do clube de 17 anos vendido ao Chelsea por 61,5 milhões de euros - equivalente a R$ 358 milhões.
"Estêvão é o jogador mais talentoso que já vi", afirmou o coordenador, que possui uma longa trajetória no futebol de base, em entrevista exclusiva à Rádio Bandeirantes.
Segundo o coordenador, a habilidade técnica somada ao apoio dos pais de Estêvão trazem potencial para disputar a Bola de Ouro.
Ele comparou o ponta direita com nomes como Neymar e o espanhol Iniesta, destacando a habilidade do jovem em driblar e manter a bola próxima aos pés, o que torna difícil a interceptação pelos adversários.
Sampaio também comentou a venda do atacante Endrick, vendido por 10 milhões de euros (cerca de R$ 55 milhões) ao Real Madrid. Ele ressaltou a dificuldade de segurar jovens talentos diante de clubes europeus.
"Ontem recebi uma ligação da presidente [Leila Pereira], orgulhosa, mas já com a cobrança de tentarmos fazer outro", disse.
Limite de contrato
O coordenador também falou sobre a limitação dos contratos de jovens jogadores no Brasil, que só podem ter duração de até três anos. Para ele, essa regra impede que os clubes protejam seus talentos por mais tempo.
"Tinha que ser pelo menos cinco anos. O Estêvão, por exemplo, poderia sair com 19 ao invés de 17, beneficiando o clube por mais tempo", opinou.
Além de Estêvão, Sampaio citou outros jogadores da base palmeirense, como Luiz Guilherme, Luigi e Thales, todos com potencial para brilhar no time principal.
"O Luigi vai ser o nove do Palmeiras, não sei se este ano ou no próximo, mas ele tem todas as qualidades necessárias para um centroavante", declarou.
Sampaio destacou a atuação do Palmeiras em equilibrar a revelação de talentos enquanto conquista títulos. Segundo ele, poucos clubes conseguem se manter firmes nos dois objetivos.
"O Palmeiras está revelando e ganhando. Todos os jogadores que passaram pela base saíram com títulos, marcando história no clube", disse.
