Os presidentes dos Estados Unidos e China vão conversar hoje sobre os rumos da guerra na Ucrânia.
Além de tentarem encontrar meios para um cessar-fogo, Joe Biden e Xi Jinping vão tratar do impacto econômico que o conflito no Leste Europeu está causando.
Há uma disparada na inflação por todo o mundo, seja por causa de sanções, alta na volatilidade do preço do petróleo ou da crise do gás e dos fertilizantes.
As 2 maiores potências têm ganhado destaque em meio a essa guerra: Os Estados Unidos, que defendem a Ucrânia, e a China, que está mais próxima da Rússia.
O ex-embaixador brasileiro em Washington Sergio Amaral ressalta, no entanto, que os chineses não vão declarar apoio total aos russos, já que há interesses comerciais.
Do lado americano, o presidente Joe Biden faz questão de tomar posição na guerra e não está mais medindo as palavras pra se referir a Vladimir Putin.
Depois de ter chamado o presidente russo de "criminoso de guerra", Biden acusou Putin de ser um "ditador assassino".
As duras falas de Joe Biden ocorrem após a Rússia ser acusada por ataques a uma maternidade e a um teatro que abrigava civis, em Mariupol.
Porém, ontem, no Conselho de Segurança da ONU, o representante russo negou os bombardeios e disse que as notícias não passam de Fake News.
Na reunião, o representante brasileiro nas Nações Unidas repudiou os ataques.
O embaixador João Genésio Almeida disse que os casos são uma violação das leis humanitárias e reiterou o pedido para um cessar-fogo.
A Rússia também está sendo acusada de recrutar pessoas de outros países para prestar ao serviço militar.
Num pronunciamento, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixou um alerta para os "recrutas".
Desde o início da guerra na Ucrânia, há 3 semanas, mais de 700 civis morreram, incluindo 52 crianças, segundo estimativas da ONU.