O consórcio Novas Escolas Oeste SP venceu o primeiro leilão para a privatização da construção e manutenção de escolas estaduais paulistas, realizado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) nesta terça-feira (29). 

A empresa superou a concorrência de outras cinco interessadas via leilão reverso, formato no qual a vencedora é a que faz a oferta com menor custo para o governo. 

A Novas Escolas Oeste SP arrematou a cota por R$ 3,38 bilhões. Ela ofereceu o maior desconto para o Estado (21,43%) em referência ao valor base do leilão. Por mês, o governo deverá pagar para a empresa R$ 11,9 milhões para construir e administrar essas escolas, uma economia de R$ 1 bilhão em comparação com o valor inicial. 

“São escolas modernas onde a gestão do equipamento fica por conta da iniciativa privada. E essa é a grande diferença: a iniciativa privada fornece para nós. Ela faz a construção das escolas, com a todos os equipamentos de suporte, e a iniciativa privada também se encarrega da operação então eles aqui vão operar a vigilância e o sistema de monitoramento por câmeras. Eles é que vão operar vão confeccionar a merenda escolar também”, explicou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

Serão 17 escolas construídas no interior de São Paulo, com o equivalente a 17.160 vagas. O consórcio vai administrar esses colégios por 25 anos. 

A previsão é que os primeiros prédios sejam entregues no primeiro semestre de 2026. 

Protestos de professores

O leilão foi marcado por protestos de professores do lado de fora da B3, contra as medidas do governo em tirar do controle do Estado. 

As ruas em torno da Bolsa foram protegidas por oficiais da Polícia Militar e da Guarda Civil. 

 O ensino e todas as atividades pedagógicas serão de responsabilidade da Secretaria da Educação do Governo de São Paulo.