A seis dias do segundo turno das eleições na Argentina, os candidatos à presidência do país focam os esforços finais das campanhas sobre os eleitores indecisos.
33% das pessoas que foram às urnas no primeiro turno não votaram nem em Sérgio Massa, nem em Javier Milei.
No debate decisivo do último domingo, a avaliação é de que o candidato peronista e atual ministro da Economia venceu o confronto contra o ultraliberal.
Para muitos especialistas, Massa se mostrou mais equilibrado do que o adversário quando confrontado.
Durante o debate, Milei ameaçou romper as relações comerciais da Argentina com o Brasil por desavenças políticas com o presidente Lula.
O candidato conservador reforçou a defesa de propostas polêmicas, como o fechamento do Banco Central e a dolarização da economia.
A postura, no entanto, não deverá afetar o comércio no Mercosul.
Por outro lado, a professora de Relações Internacionais da ESPM Denilde Holzhacker, aponta que uma eventual vitória de Milei poderá prejudicar as relações com o Brasil.
A situação da economia argentina também pode ser um fator decisivo na eleição; em outubro, a inflação anual alcançou a marca de impressionantes 142,7%.