A inteligência do Distrito Federal mantém o estado de alerta para movimentos que possam levar a novos atos de violência e vandalismo em Brasília. E trabalha para identificar os responsáveis pelos ataques que deixaram veículos queimados e uma delegacia depredada. Até o momento, ninguém foi preso.
Ontem, o indígena pivô dos episódios violentos foi transferido da sede da Polícia Federal, que sofreu uma tentativa de invasão, para o Presídio da Papuda. A prisão do cacique José Acácio Serere Xavante foi pedida pela Procuradoria Geral da República e determinada pelo Supremo. Ele é acusado de participação em atos que contestam o resultado das eleições deste ano.
O presidente eleito Lula responsabilizou Jair Bolsonaro pelo tumulto. Bolsonaro ainda não se manifestou. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública classificou os atos de vandalismo como "terrorismo urbano".
Para Flavio Dino, o que aconteceu em Brasília foi um crime e os responsáveis serão identificados. Flávio Dino avalia que as leis já existentes dão suporte para punir duramente quem ameaça a democracia e as instituições. Ainda assim, de acordo com o futuro ministro, o Congresso deve debater o tema para aprimorá-las.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, repudiou a desordem, a violência e o risco à integridade física e do patrimônio público e privado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também já tinha condenado a depredação de bens, assim como o bloqueio de vias. O Ministério Público do Distrito Federal deu cinco dias para que a Polícia Militar dê explicações sobre a atuação da tropa no enfrentamento aos atos.