Distrito Federal mantém estado de alerta devido a atos de violência em Brasília

Autoridades ainda trabalham para identificar responsáveis; atos ocorreram na noite de segunda-feira (12).

Vandalismo em Brasília Matheus Veloso/Metrópoles
Vandalismo em Brasília
Matheus Veloso/Metrópoles

A inteligência do Distrito Federal mantém o estado de alerta para movimentos que possam levar a novos atos de violência e vandalismo em Brasília. E trabalha para identificar os responsáveis pelos ataques que deixaram veículos queimados e uma delegacia depredada. Até o momento, ninguém foi preso.

Ontem, o indígena pivô dos episódios violentos foi transferido da sede da Polícia Federal, que sofreu uma tentativa de invasão, para o Presídio da Papuda. A prisão do cacique José Acácio Serere Xavante foi pedida pela Procuradoria Geral da República e determinada pelo Supremo. Ele é acusado de participação em atos que contestam o resultado das eleições deste ano.

O presidente eleito Lula responsabilizou Jair Bolsonaro pelo tumulto. Bolsonaro ainda não se manifestou. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública classificou os atos de vandalismo como "terrorismo urbano".

Para Flavio Dino, o que aconteceu em Brasília foi um crime e os responsáveis serão identificados. Flávio Dino avalia que as leis já existentes dão suporte para punir duramente quem ameaça a democracia e as instituições. Ainda assim, de acordo com o futuro ministro, o Congresso deve debater o tema para aprimorá-las.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, repudiou a desordem, a violência e o risco à integridade física e do patrimônio público e privado. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também já tinha condenado a depredação de bens, assim como o bloqueio de vias. O Ministério Público do Distrito Federal deu cinco dias para que a Polícia Militar dê explicações sobre a atuação da tropa no enfrentamento aos atos.

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