A direção da Petrobras promete implementar medidas mais firmes de combate ao assédio e à importunação sexual após o registro de dezenas de denúncias.
Segundo a ouvidoria da estatal, entre 2019 e 2022, foram 81 casos, o que levou a empresa a criar um grupo de trabalho para analisar o tema.
O objetivo é rever a conduta adotada para proteger as vítimas, investigar e punir os responsáveis.
O grupo está fazendo um pente fino nos registros, além de incentivar as funcionárias a formalizarem novas denúncias.
Um dos episódios que levaram à mudança de postura por parte da Petrobrás foi o dessa mulher que prefere não se identificar.
Ela conta que quando era auxiliar de limpeza no Centro de Pesquisas da empresa, no Rio de Janeiro, foi assediada pelo petroleiro Cristiano Medeiros de Souza.
O homem era o superior hierárquico da vítima.
Cristiano Medeiros de Souza foi denunciado pelo Ministério Público por assédio e importunação sexual e responde a outros dois inquéritos.
A Petrobras disse que ele não faz mais parte da empresa e abriu uma sindicância - a defesa do petroleiro nega as acusações.
A estatal promete apresentar um diagnóstico sobre os casos de assédio e importunação sexual até o dia 20 de abril.
O Ministério Público do Trabalho abriu um inquérito para investigar as acusações.