Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, afirmou à Rádio Bandeirantes que a ampliar a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 é mais urgente agora do que reduzir o intervalo de aplicação entre as doses.
“Precisamos primeiro aplicar a primeira dose em toda a população vacinável e depois tratar, reduzir o máximo possível o intervalio entre as doses entre essas vacinas”, analisou.
Pelo menos 9 estados já decidiram encurtar o espaço entre das duas etapas da Pfizer e da Oxford/AstraZeneca. Já o governo de São Paulo decidiu manter a previsão de aplicação do reforço da vacina após 3 meses.
Em entrevista a José Luiz Datena, Dimas Covas explicou que a CoronaVac já é usada dentro de um prazo que amplia a imunização, que é de 28 dias. E que mesmo que a garantia de proteção só exista após as duas doses, a primeira distribuída de forma mais ampla pode ajudar a combater variantes.
Nesta semana, o Instituto Butantan recebeu da China 12 mil litros de IFA, suficientes para a fabricação de 20 milhões de doses da Coronavac.
Dimas Covas confirmou que outra remessa de 12 mil litros chegará ainda neste mês.
O diretor do Instituto Butantan confirmou, ainda, que a Coronavac será incluída no Covax Facility, fundo de distribuição de vacinas contra a covid-19 coordenado pela OMS.
O acordo prevê a entrega de 110 milhões de doses aos países associados.