Descriminalização da maconha favorece o crime organizado, diz Derrite

Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, classificou a decisão do Supremo como "o maior dos absurdos"

Da redação

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, avalia que a decisão favorece o crime organizado.  

Em entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, Derrite afirmou que, como não há uma cadeia produtiva legal da maconha, a decisão viabiliza o comércio ilícito da droga.  

Uma decisão como essa, que descriminaliza o uso ou o porte do entorpecente sem que exista uma cadeia produtiva legal para isso, é o maior dos absurdos. Você está favorecendo e viabilizando o comercio ilícito de drogas, e favorecendo o crime organizado.

O secretário afirmou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) "cresceu exponencialmente a partir do tráfico e do tráfico internacional de drogas".  

No mesmo julgamento, o Supremo fixou a quantidade de 40 gramas de maconha para diferenciar usuários de traficantes.  

Segundo Derrite, a abordagem da Polícia Militar não deve mudar a partir da descriminalização e da fixação da quantia para o porte.  

"Não vejo que haverá uma mudança drástica no procedimento dos policiais quando se depararem com um indivíduo portando entorpecente. O procedimento continuará o mesmo. O policial não tem como pesar a droga. Se deparou com o indivíduo portando maconha será encaminhado ao distrito policial e lá terá subsídios maiores para ver a quantidade da droga, pesagem, assim por diante", disse o secretário. 

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