Lana Canepa: Demissão de ministro do GSI fortalece CPI dos atos de 8 de janeiro

Saída de Gonçalves Dias após vídeo da atuação do GSI nos atos do 8 de janeiro fortalece tese da oposição

Da Redação

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O pedido de demissão do general Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República acontece no momento em que a CPI dos atos de 8 de janeiro promovida pela oposição ao governo ganha força no Congresso Nacional.

Um senador ouvido por Lana Canepa, correspondente do Grupo Bandeirantes em Brasília, afirmou que existem provas e documentos guardados sob sigilo para confirmar a responsabilização do governo sobre a invasão de golpistas no Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional, no dia oito de janeiro, na capiral federal.

A saída de Gonçalves Dias do governo ocorre após um vídeo mostrando a atuação do general durante os atos criminosos de oito de janeiro ser publicado nesta quarta-feira (19). A atuação do GSI está sendo investigada pela Polícia Federal. 

Instalação da CPMI

Na última terça-feira (18), o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), adiou a sessão do Congresso Nacional em que seria lido o requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos de 8 de janeiro. A nova data estabelecida é dia 26 de abril.

O pedido da CPMI articulado pela oposição já tinha o número mínimo de assinaturas necessárias para sua instalação. Haviam 193 deputados assinando e 37 senadores. São necessários 171 deputados e 27 senadores.

Base aliada do governo

Uma liderança importante da base aliada do governo na Câmara dos Deputados lamentou mais um dia de confusão para Lula, que vai enfrentar votações importantes no Congresso Nacional.

"O governo está com dificuldade de distribuir cargos regionais, dar atenção às emendas parlamentares. Como os parlamentares não precisam mais negociar com ninguém, isso tem atrapalhado na formação da base aliada", disse Lana Canepa.

Uma possível instalação da CPMI junto com votações de uma série de projetos de lei (PLNs) e vetos presidenciais, tanto de Jair Bolsonaro (PL), quanto de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), podem trancar a pauta, dificultando a votação de propostas econômicas enviadas pelo novo governo, como o arcabouço fiscal.

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