Delegados da Polícia Federal classificam um telefone que seria de Jair Bolsonaro como "uma central de fake news contra a democracia". O celular está salvo como "P-R Bolsonaro 8" no aparelho do empresário Meyer Nigri.
Através do número, o ex-presidente faz ataques ao STF e pede para que notícias contra as urnas eletrônicas sejam repassadas "ao máximo". Bolsonaro admitiu ao jornal "Folha de São Paulo" que mandou mensagens a Meyer Nigri e questionou: "qual o problema?".
Em 2021, há evidências de uma possível visita do então chefe do Executivo à casa de Nigri. Após isso, o grupo de WhatsApp "Empresários e Política", objeto da investigação, teria sido criado.
Bolsonaro está internado num hospital em São Paulo para avaliação médica e deve ter alta hoje à tarde. Ele será ouvido pela PF na semana que vem, junto com a esposa Michelle e o advogado Frederick Wassef.
E ainda o ex-ajudante de ordens tenente-coronel Mauro Cid e o pai dele, general Mauro Lourena Cid - todos vão depor no mesmo dia e hora sobre o caso das jóias. O objetivo é evitar que eles combinem versões.
Ontem, o ministro da Defesa se reuniu com o colega da Justiça, Flávio Dino, e seguiu até a sede da Polícia Federal. A PF apura as informações de que o hacker Walter Delgatti Neto se reuniu com militares que participaram da comissão do TSE sobre as urnas eletrônicas.
O presidente da CPMI do 8 de janeiro se reuniu nesta quarta-feira com o comandante do Exército. O general Tomás Paiva ressaltou que a corporação vai punir militares que tenham se envolvido em atos golpistas.
Arthur Maia confirmou que a CPMI não pedirá quebras de sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das vendas de objetos do governo federal.
Arthur Maia também comentou a situação de Carla Zambelli. A deputada que se tornou ré no STF nesta semana por porte ilegal de armas antes do segundo turno deverá ser convocada novamente pela comissão na próxima semana.