A injeção de recursos pelo governo chinês para proteger empresas saudáveis acalma os mercados em todo mundo diante da crise provocada pela Evergrande.
A maior construtora de casas populares do país cresceu com o boom imobiliário chinês.
Com 200 mil empregados, a empresa expandiu a atuação para outros ramos, como água mineral, carros elétricos e até time de futebol.
Esse movimento exigiu muito crédito e a Evergrande acabou com mais débitos do que poderia pagar.
Hoje, a dívida da empreiteira está em torno de 300 bilhões de dólares, maior do que o Produto Interno Bruto de Portugal, por exemplo.
As notícias sobre um possível calote do segundo maior grupo chinês balançaram o mercado mundial.
No Brasil, o impacto foi sentido, principalmente, por empresas de metais e de mineração.
De acordo com o professor de negócios e logística do Ibmec, Frederico Martini, esses segmentos podem ser afetados com a redução na demanda pelos insumos.
Para o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração, Flávio Penido, países asiáticos, como o Japão e Índia, e europeus poderão reduzir o impacto da Evergrande.
A injeção de recursos no mercado pelo governo chinês somou cerca de 100 bilhões de reais.
A medida foi tomada no dia do vencimento de uma dívida de 83 milhões de dólares da Evergrande.