Sem registros de reuniões desde o fim de 2019, o Conselho de Ética do Senado deve ser instalado até março deste ano. Essa é a promessa que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, faz nos bastidores.

Nas últimas semanas, a pressão do Supremo e do Superior Tribunal de Justiça para que o Congresso atue sobre irregularidades cometidas por parlamentares aumentou.

Rodrigo Pacheco tem declarado que senadores suspeitos de envolvimento nos atos criminosos do dia 8 de janeiro responderão a processos no colegiado.

Segundo ele, serão tomadas providências se ficar minimamente comprovada a vinculação "material, intelectual ou até motivacional" de integrantes da Casa.

Recentemente, a Rede Sustentabilidade apresentou uma representação contra o senador Marcos do Val, do Podemos, por quebra de decoro parlamentar.

Líder do governo no Congresso Nacional, Randolfe Rodrigues defende a apuração sobre o colega que revelou um suposto plano golpista envolvendo Jair Bolsonaro.

Em uma das versões apresentadas por do Val, o ex-deputado Daniel Silveira é citado como o articulador do plano golpista. Ele teria tentado coagir o parlamentar a ajudar na execução da ideia que tinha como objetivo alterar o resultado das eleições de outubro de 2022.

O Conselho de Ética do Senado era presidido por Jayme Campos, do União Brasil, desde 2019.

Segundo interlocutores, ele tinha a simpatia de Rodrigo Pacheco para permanecer na função - a avaliação é de que o parlamentar é experiente e tem perfil mais discreto. Mas a tendência é de que Jayme Campos deixe o comando do colegiado e a busca por outro senador que aceite o cargo continua.