Desde a noite de segunda -feira (12), quase 100 pessoas morreram em conflitos na região da província autônoma de Nagorno-Karabakh.
A região é rica em petróleo e faz parte do Azerbaijão, porém tem população etnicamente armênia. Desde 1991, grupos separatistas auto proclamaram a República de Artsakh, que seria independente, mas que não recebe reconhecimento internacional.
A guerra pelo local estava congelada desde 2020, quando os azeris conquistaram vitórias expressivas sobre os armênios.
As origens do conflito datam de 1922, quando ambas as nações integravam a União Soviética. Naquele momento, foram traçadas fronteiras entre as repúblicas que compunham o bloco. Nagorno-Karabakh ficou em território azeri.
Em 1991, com a queda da União Soviética e a independência dos 15 países que a formavam, o conflito pela região cresceu, tendo escaladas e retrações até o ano de 2020.
Naquele momento, a tensão se alongou e culminou em uma vitória do Azerbaijão, que, além de manter Nagorno-Karabakh, conquistou territórios armênios.
O país derrotado entrou em uma crise que se arrasta até o presente momento.
O conflito também contou com interferências externas de Rússia e Turquia. Os turcos são historicamente aliados do Azerbaijão, já os russos se unem aos armênios - mesmo que este apoio tenha diminuído nesta última década.
Tanto em 2020 quanto em 2022, é difícil saber quem iniciou os ataques.
Tanto Armênia quanto Azerbaijão trocam acusações e o número de mortos e feridos ainda é incerto, mas, de acordo com comunicados de ambos os países, cada lado teve cerca de 50 baixas desde segunda-feira.