O autor do Projeto de Lei que institui o programa de criação de escolas cívico-militares em São Paulo, Tenente Coimbra (PL), criticou a decisão da oposição de entrar na Justiça contra a medida após ela ter sido aprovada na Alesp na última terça-feira (21).
Em entrevista para o “Manhã Bandeirantes”, da Rádio Bandeirantes, Coimbra lembrou que projetos semelhantes também foram adotados em governos estaduais de esquerda.
“Vale ressaltar que Estados que são governados pelo PT implementaram escolas cívico-militares. Nós temos mais de cem escolas cívico-militares na Bahia. Você não vê o sindicato de lá questionando, ou o Partido dos Trabalhadores, ou o próprio PSOL questionando o governador da Bahia, que implementou porque é um modelo eficiente”, afirmou.
O texto foi aprovado na Assembleia Legislativa por 54 votos favoráveis e 21 contra, em cerimônia marcada por protestos. Agora, depende da sanção do governador Tarcísio de Freitas. Segundo Coimbra, caberá aos diretores das escolas estaduais decidir se vão querer implementar o modelo após a sanção do projeto.
A oposição e o Sindicato dos professores de São Paulo já afirmaram que vão acionar a Justiça contra a medida, já que ela não é prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O autor do projeto diz que ele não precisa estar na LDB, já que não tem conteúdo pedagógico, apenas administrativo.
“Os militares eles não atuam como professor, eles atuam dentro do ambiente escolar na parte disciplinar e administrativa”, disse Coimbra.
A previsão é que 30 escolas devem aderir ao sistema cívico-militar no primeiro ano de programa. A expectativa, no entanto, é que haja até 100 unidades desse formato no Estado de São Paulo.