Dias após ônibus serem apedrejados por dependentes químicos na região da Cracolândia, área central de São Paulo, um comerciante denuncia a situação "precária" que os comércios presentes no local vivem. Em conversa com o apresentador José Luiz Datena, o deputado federal Delegado Palumbo (MDB-SP) expôs uma conversa com um empresário presente no centro da capital paulista.
Em um vídeo gravado para o âncora do Manhã Bandeirantes, o senhor Francisco afirma que trabalha há 30 anos em uma área próxima à Cracolândia e que não há mais clientes dispostos a irem até a região central.
Nossa situação aqui é precária. A gente não tem cliente mais. Hoje, para nós sobrevivermos para pagar o aluguel, precisamos trabalhar todos os dias. Estamos trabalhando para pagar somente o aluguel, o resto não dá para pagar
Francisco também disse que o comércio na região caiu mais de 50% em decorrência do fluxo da Cracolândia e que seus clientes não desejam comparecer ao local, em decorrência da falta de segurança na região.
Ninguém quer vir para o centro. A gente faz encomenda. [Clientes] não vêm, tem medo. É assalto aqui na Avenida Rio Branco, quebram o carro, tomam celular. Fora a gangue da bicicleta que vem aqui e pega todo mundo.
Em fala à Datena, o delegado Palumbo pontuou que a manifestação de Francisco - comerciante com estabelecimento no centro de São Paulo - o procurou enquanto passava pela região e confidenciou que, em decorrência da atual situação, o empresário deverá encerrar as suas atividades no local.
Vandalismo a ônibus na região
Na última terça-feira (11), moradores em situação de rua e dependentes químicos que permanecem na região da Cracolândia atacaram carros, caminhões e ônibus que passavam pela região central de São Paulo. Um condutor de transporte público atacado pelos vândalos afirmou à BandNews FM que o momento foi "assustador" e que a palavra de ordem dos agressores era para "matar". "Para mim, parecia um filme de zumbis", disse.