Após o anúncio dos candidatos que vão disputar o segundo turno na eleição para a Prefeitura de São Paulo - Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) -, a equipe de reportagem da Rádio Bandeirantes apurou os números dos votos realizados nas sessões eleitorais instaladas dentro de presídios e unidades da Fundação Casa.
De acordo com o levantamento, Guilherme Boulos (PSOL), foi o candidato que mais recebeu votos nas urnas colocadas nos sistemas prisionais.
Em seguida aparece Pablo Marçal (PRTB), com 23% da preferência dos detentos. Tabata Amaral (PSB), com 15%; e Ricardo Nunes (MDB), com 11%, fecham a lista. Os demais candidatos somados representam 1,2% dos votos.
Mesmo reclusos, alguns presos podem votar. Detentos que não tiveram o 'trânsito em julgado', ou seja, que foram condenados pela Justiça e que aguardam o julgamento de recursos nas instâncias superiores.
Pelo princípio da presunção de inocência, estes presos não tem os direitos políticos cassados. Tem a possibilidade de se manifestar favoravelmente a depositar seu voto e a Justiça Eleitoral monta sessões eleitorais em presídios.
O critério mínimo para a instalação de uma sessão eleitoral é de 20 eleitores. Caso esse número não seja atingido, a sessão eleitoral no presídio não é organizada.