Após o Conselho Eleitoral da Venezuela afirmar que Nicolás Maduro, atual presidente do país, venceu as eleições presidenciais no último domingo (28), protestos com confrontos violentos entre manifestantes e forças de segurança, com relatos de pelo menos uma morte, foram registrados em todo o país.
Nesta segunda-feira (29), o governo de Nicolás Maduro expulsou embaixadores e diplomatas de países que contestaram o resultado da eleição presidencial. O Brasil, no entanto, não contestou a reeleição do ditador.
Para Cláudio Humberto, comentarista do Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, Maduro subverteu o resultado das eleições e o Brasil “não fez nada”.
"A posição brasileira é confusa para muitos. Apesar de atacado pelo ditador, o presidente parece não ser afetado. É muito estranho que isso aconteça depois da chinelada verbal de Maduro em Lula. E esse ato do ditador contra países que consideram que houve fraude, ele simplesmente rompeu relações com esses países. E o que o Brasil fez? Nada. O Brasil se omite totalmente em relação a esse caso e fica fazendo gestos de agrado a um ditador que repudiado em todo o planeta", disse Cláudio Humberto.
Na segunda-feira (29), o Ministério das Relações Exteriores, declarou que “acompanha com atenção o processo de apuração” das eleições presidenciais na Venezuela. O diplomata Celso Amorim, assessor especial do governo Lula, esteve em Caracas e conversou com Maduro.
A oposição, no entanto, afirma ter provas de que venceu as eleições venezuelanas. A líder da oposição, Maria Corina Machado, e o candidato González Urrutia fizeram um pronunciamento e afirmaram que já têm a maioria das atas dos colégios eleitorais e que Urrutia teria um total de 6,7 milhões de votos. Maduro teria conquistado cerca de 30% dos votos.
"Ele (Maduro) subverteu o resultado das eleições. A gente viu que os fiscais oram impedidos de acompanhar a apuração dos votos. A eleição na Venezuela continua entre aspas", disse Cláudio Humberto.