Cláudio Humberto: Lula repete jogo perigoso que resultou no mensalão e petrolão

Colunista afirmou que o presidente põe em prática um presidencialismo de cooptação e que o oferecimento de cargos ao Centrão pode resultar em escândalos futuros

Rádio Bandeirantes

Cláudio Humberto: Lula repete jogo perigoso que resultou no mensalão e petrolão
Lula confirmou que negocia com partidos de centro para ampliar a base governista
Marcelo Camargo/Agência Brasil

O colunista da Rádio Bandeirantes Cláudio Humberto participou na manhã desta quarta-feira (19) do Jornal Gente e comentou sobre as negociações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com partidos do Centrão - PP, PL e Republicanos.

Segundo o jornalista, não são as legendas de centro que desejam ingressar no governo federal, mas o Palácio do Planalto que oferece cargos e ministérios para que as siglas possam aderir à gestão petista.

Essa iniciativa não é do Centrão. É o contrário. O presidente Lula, como aconteceu no primeiro governo, que deu no Mensalão, como aconteceu no segundo governo, que deu no Petrolão, põe em prática o presidencialismo de cooptação.  

No entendimento de Humberto, trata-se de uma estratégia delicada que já resultou em escândalos de corrupção nas primeiras gestões do Partido dos Trabalhadores à frente do Planalto.

É um jogo perigoso porque vimos o que deu nos primeiros governos. Portanto, o que se espera é que o presidente não cometa erros antigos, mas o principal já está sendo cometido. Oferecendo espaço no governo para aliciar apoio onde não tem. Na oposição, em partidos de orientação conservadora que apoiaram o seu adversário.  

Embarque do Centrão é confirmado por líder do governo

Na noite da última terça-feira (18), o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), afirmou que a entrada dos partidos de centro na base aliada governista está "consolidada". Segundo o petista, faltam apenas as definições dos ministérios que serão substituídos para chegada de nomes apoiados pelas legendas do Centrão. As escolhas, no entanto, terão de ser chanceladas pelo presidente Lula.

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